Um dos episódios que mais me impressionaram negativamente foi presenciar um grande amigo que se viciou em drogas passar por uma crise de abstinência. O desespero da pessoa para consumir um pouco daquela substância, suas súplicas e comportamento obsessivo para conseguir mais, totalmente discrepantes daquela pessoa forte e cheia de vida que eu conhecia. Como uma substância química pode dominá-lo daquela forma? Foi uma cena chocante que nunca consegui esquecer.
Muitos anos depois, quando eu já atuava como Terapeuta Multidimensional, fui procurado para ajudá-lo. Agradeci a oportunidade e fiz muitos atendimentos para ele, o que me proporcionou entender um pouco mais sobre este assunto.
Ao longo da nossa jornada encarnacional, através da compreensão das nossas experiências terrenas, desenvolvemos pontos de vista, crenças e mentalidades sobre nós mesmos e a vida. Quando estas crenças estão de acordo com nosso Eu Superior e potencial mais elevado, estamos seguros, felizes, contentes, equilibrados e, assim, lidamos muito positivamente com os acontecimentos do dia a dia. Mas quando por alguma razão resolvemos pensar negativamente sobre nós e a vida, entramos então em uma rota de inferioridades, comparações, dificuldades e sofrimentos que só acabará quando resolvermos voltar a acreditar no melhor novamente.
Neste tipo de caminho alternativo, as pessoas se utilizam de inúmeros recursos para se sustentarem em um nível mínimo de autoestima e autoconfiança para que possam lidar com suas vidas. Tais recursos vão desde construções psicológicas como orgulho, arrogância, preconceito, ganância, narcisismo ou vitimismo até a necessidade de se automedicar com alguma substância que altere sua perspectiva de si e do momento que vive.
Obviamente que ao passar o efeito do produto consumido a pessoa percebe que nada mudou. Com um medo muito grande de sentir seu estado emocional, suas dores e reclamações, busca desesperadamente mais daquilo que lhe traz alívio.
Às vezes, estamos há tanto tempo vivendo abaixo do nosso potencial que não sabemos que temos algo a melhorar internamente. Ao invés disso, pensamos que precisamos trabalhar mais, nos esforçar mais, sermos mais competitivos, disciplinados ou atraentes. Nossa autocobrança chega a extremos e nossa vida passa a ser uma eterna busca para preencher vazios.
Assim, os aprendizados que temos na negatividade estão intimamente ligados ao sofrimento, pois na maioria das vezes é o sofrimento que vem nos alertar de que estamos criando incompatibilidades ou trilhando um caminho ruim. É somente quando cansamos de sofrer, que nos dispomos a buscar o entendimento e a mudança necessária para voltarmos ao melhor de nós.
Um ser humano consciente está atento ao que se passa em seu mundo interior. Ele sabe que está vindo de um passado estruturado sobre negatividades e que reconhecer seus aspectos negativos que afloram é essencial para seu processo de cura e transformação. Sabe que criar novos aspectos de personalidade para suprimir suas falhas não funciona, assim como mentir para si mesmo utilizando substâncias não lhe levarão para onde ele quer ir.
Quando reconhecemos que as negatividades são apenas ingredientes de um caminho de experimentações que nós mesmos criamos para nós, paramos de acreditar nelas.
Assim percebemos que não há nada a ser conquistado, aquilo que precisamos já está em nós.
Com humildade para reconhecer nossos erros e dificuldades, e com coragem para enfrentar positivamente os desafios que virão, todos podemos mudar!
Em Paz,
Rodrigo Durante.
Tudo o que vivemos é nossa criação.
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